Como alcançar a felicidade no trabalho e qual o papel da educação corporativa neste desafio?
A felicidade é um conceito que vem sendo tratado com cada vez mais frequência no mundo corporativo. Será que ela tem impacto significativo nos resultados das organizações? É possível que um executivo feliz seja mais produtivo no seu trabalho? A felicidade é capaz de ser gerenciada? Uma pessoa pode estudar e aprender como ser mais feliz?
Todos esses questionamentos parecem ter chegado a conclusões bastante promissoras para o mundo dos negócios.
De acordo com o professor da Harvard Business School, Arthur Brooks, que tem ganhado muito destaque ultimamente, felicidade e liderança devem andar de mãos dadas. O professor comanda um curso de MBA na instituição que leva em consideração a famosa máxima de Albert Schweitzer, de que “felicidade é a chave para o sucesso”, e não o contrário.
O curso “Liderança e Felicidade” é altamente concorrido e promete ensinar a ágil habilidade de administrar a felicidade. Os alunos são convidados a, logo no início do programa, preencher um questionário que mede sua “felicidade geral”. Na sequência, são apresentadas as pesquisas do Journal of Career Assessment, que indicam uma relação sequencial entre felicidade e o sucesso na carreira. Outros temas abordados são: benefícios da gratidão, testes sobre criação de relacionamentos próximos e pesquisas sobre perseverança e paixão por grandes objetivos, focando no futuro dos alunos.
O objetivo, ao final, é que todas essas pesquisas, leituras e discussões melhorem suas vidas, tornando-os mais empáticos e melhores líderes no futuro.
E não é apenas Harvard que está seguindo essa linha de pensamento. Em Yale, a professora de psicologia, Laurie Santos, é responsável pelo curso “Psicologia e a Boa Vida”, com foco em exercícios que ajudam os alunos a alcançar a felicidade. Igualmente bem-sucedido, o curso teve a aula mais popular da história da universidade de Yale nos seus 300 anos de existência.
No Reino Unido, Andrew Oswald, economista da Universidade de Warwick, também segue a mesma linha de pensamento. Para ele, “quando as pessoas ficam mais felizes, de alguma forma elas encontram mais energia”, porque elas tendem a ser mais eficazes no ambiente de trabalho.
Essa é uma maneira que os líderes e as organizações têm demonstrado suas preocupações, não apenas com modelos de negócios e administração financeira, mas também com habilidades emocionais e a melhoria do bem-estar geral de seus executivos e profissionais. Não é à toa que cursos que falam sobre felicidade, relacionamentos e equilíbrio estão entre os mais procurados nos programas de MBA dessas universidades altamente renomadas no mundo.
A demanda, afinal, está vindo tanto do mercado quanto dos profissionais que buscam desenvolvimento e crescimento pessoal e profissional.
E como a educação corporativa pode ajudar nesse cenário?
Tendo em vista que na educação corporativa as empresas investem na formação de seus colaboradores, em busca de oferecer aprendizagem contínua e focada às estratégias e ao dia a dia específicos do negócio, pode ser um formato bastante efetivo para trabalhar a felicidade e o bem-estar dos profissionais.
Ou seja, programas e cursos que foquem nesses temas devem crescer no meio corporativo e integrar a programação das empresas, porque investindo em desenvolvimento pessoal, o profissional irá se desenvolver também. E os profissionais mais felizes darão mais resultados, permanecerão mais tempo dentro da organização e serão líderes melhores, gerando um clima organizacional mais positivo e duradouro.
A felicidade é algo que exige trabalho, estudo, prática e persistência, como vêm demonstrando os estudos na área. E se as empresas buscam mais produtividade, resultado e satisfação, devem focar em trabalhar temas como esses nos seus programas de educação corporativa.
É o futuro, que já está acontecendo agora.