SÉRIE – EDUCAÇÃO CORPORATIVA VOLTADA AO VAREJO: IMPACTOS DA PANDEMIA NO SETOR – #5
O futuro já chegou! Como você se preparou para ele?
É bem provável que você já tenha escutado em algum momento a frase de William Gibson: “Como eu tenho dito muitas vezes, o futuro já chegou. Só não está uniformemente distribuído”, certo?
Embora a reflexão tenha sido feita há mais de 20 anos durante uma entrevista para a NPR Interview, definitivamente ela ainda é muito pertinente para os dias atuais. Afinal, qual parcela desse futuro já estamos vivenciando e como estamos distribuindo dentro da nossa própria realidade?
Neste post falaremos sobre as estratégias inovadoras que revelam claramente o futuro iminente do varejo, que perceptivelmente é cada vez mais digital e personalizado! Leia o post até o fim para ter insights de como se preparar para essa nova era.
O poder da gestão inovadora, estratégica e assertiva
É inegável que progressivamente diversas empresas do varejo têm se rendido a um modelo mais digital e integrado, utilizando novas tecnologias focadas em atrair e fidelizar os clientes, mas não de uma forma desordenada e sim direcionada para a personalização, afinal, nada mais moderno e revolucionário do que entregar produtos que também carregam consciência e os valores da empresa.
A pesquisa Global CEO Outlook Pulse Survey 2021, realizada pela KPMG, destaca que este é o momento das empresas exercerem a liderança e a gestão de forma mais inovadora, estratégica e assertiva, já que o mundo nunca esteve tão conectado e disponibilizando acesso a tantas informações.
Considerando todas as mudanças que já aconteceram, a pesquisa aponta que o futuro das empresas também depende de iniciativas de negócios mais analíticas e tecnológicas, integradas a uma liderança multidisciplinar, atenta e focada nos aspectos econômicos, sociais e ambientais.
Descubra o que os números revelam
Muitas empresas precisaram repensar suas estratégias durante a pandemia e uma das mudanças mais notáveis foi o aumento da expansão digital, como já abordamos algumas vezes por aqui.
Após sair do modo de crise, as organizações estão tentando normalizar suas operações, mas agora priorizando outros pontos, dentre eles: segurança cibernética e conectividade digital com os clientes.
Ainda segundo a pesquisa da KPMG, 74% dos entrevistados afirmam que a digitalização de suas operações e a criação de um modelo operacional de última geração aceleraram em questão de meses, enquanto em agosto do ano passado somente 50% dos entrevistados fizeram essa mesma afirmação.
Aproximadamente 69% reportaram a aceleração dos novos modelos de negócios digitais e dos fluxos de receita. Já 56% disseram implementar nesses últimos tempos o desenvolvimento de uma experiência digital transparente para o cliente.
Para o restante de 2021, as empresas que fizeram parte da pesquisa revelam que pretendem investir mais em tecnologias digitais do que no ano passado: 52% favorecerão a implantação de medidas voltadas à segurança de dados; 50% terão como foco tecnologias centradas no cliente e 49% estarão comprometidos com estratégias de comunicação digital (videoconferência e troca de mensagem, também chamada de messaging).
Estratégias para aumentar os recursos digitais também são citadas na pesquisa. Dos entrevistados, 61% afirmam que as buscas e aquisições de fusões nos próximos três anos serão impulsionadas principalmente pelo desejo de adquirir tecnologias digitais para transformar a experiência do cliente ou a proposta de valor.
Disrupção no varejo
Agora que você conhece um pouco mais sobre as principais tendências das empresas neste momento e para o futuro, é preciso ter em mente que para de fato obter sucesso nessa jornada, as mudanças devem ser práticas. E no que diz respeito à tecnologia, entre todas as medidas, existe uma que deve ser tratada como prioridade: a utilização dos dados como um ativo para a tomada de decisões.
O estudo AI in Retail: Disruption, Analysis and Opportunities: 2018-2022, realizado pela Juniper Research, revela que empresas varejistas consideram as soluções analíticas uma prioridade para o futuro, tanto que até o ano de 2022 a estimativa é que U$ 7,3 bilhões sejam investidos no desenvolvimento de ferramentas baseadas em Inteligência Artificial, Big Data e Automação de Processos para o setor varejista.
A intenção é que o investimento gere mais de 25% de redução nos custos de operação e até U$ 340 bilhões em vendas.
Ações de Analytics e adoção de tecnologias, como chatbots, tornaram-se nos últimos tempos essenciais para o sucesso das operações comerciais, pois permitem a análise dos registros fornecidos por todas as etapas da cadeia de trabalho, representando então o “agora” e o “futuro do varejo”.
E não para por aí! Combinar Inteligência Artificial, Analytics e Automação é considerada atualmente uma fórmula poderosa para desenvolver processos precisos, eficientes e mais dinâmicos, inclusive focados em proporcionar uma experiência inovadora e única aos clientes.
Leia também: “Estudo da GS1 aponta tendências e tecnologias para o futuro”
Chegou o momento de se transformar!
Inicialmente, investir nessas tecnologias e aplicar todas essas estratégias pode parecer oneroso, mas com o tempo será possível ver os resultados, inclusive na redução de custos em todas as esferas do negócio e no bom posicionamento da empresa em sua área de atuação.
Além disso, ao integrar recursos de Inteligência Artificial, ganha-se mais agilidade e capacidade analítica para otimizar a tomada de decisão com previsibilidade e coerência, já que é possível mapear o comportamento do consumidor, entendendo modelos de consumo, perfis sazonais e até mesmo a possibilidade de crises.
São benefícios como esses que devem nortear os planos de inovação das companhias, afinal, a transformação tecnológica veio para ficar e deve ser progressiva, por isso as empresas precisam se adaptar o quanto antes para não ficar para trás.
O que você tem feito para integrar esse “futuro” à realidade da sua empresa? Lembre-se que é possível distribuí-lo para que todos sejam beneficiados.